O CANTO DO OURIÇO

sexta-feira, outubro 13, 2006

INTERNAMENTOS EM HOTEIS DE LUXO


É com esta cara de gozo que o nosso ministro da saúde Correia de Campos, nos impõem, que caso tenhámos o azar de ficar internados numa unidade hospitalar pública, teremos de pagar até 5 euros´, ao longo de 14 longos dias. Não bastava termos de ir parar ao hospital ainda temos de pagar. Não seria melhor ir para um hotel de luxo pagar pouco mais e ter umas infermeiras russas ou suecas a dar-nos morangos na boca e a fazer umas massagens esquisitas? É que se é para morrer e pagar o melhor é que seja em grande estilo, num bom hotel, talvez o SHERATON, ou no TIVOLI TEJO, ou ainda no DOM PEDRO.
E já agora, depois de ouvir o ministro fiquei preocupado. É que o senhor da saúde, pode não fumar, mas nem sabe o preço máximo de um maço de cigarros. É que ele afirma que o maço de cigarros custa 3,20 euros, safa ainda bem que não é das finanças.

A Sexta-feira 13 - Sorte ou Azar?


"Superstição" vem do latim superstitio, que significa "o excesso", ou também "o que resta e sobrevive de épocas passadas". Em qualquer acepção, designa "o que é alheio à atualidade, o que é velho". Transposto para a linguagem religiosa dos romanos, o vocábulo "superstitio" veio a designar a observância de cultos arcaicos, populares, não mais condizentes com as normas da religião oficial.
O número 13 é tido ora como sinal de infortúnio, ora de bom agouro.


O número 13
Símbolo de desgraça, já que 13 eram os convivas da última ceia de Cristo, e dentre eles, Jesus que morreu na sexta-feira foi, conseqüentemente, ligada ao horror que o número 13 provocava nas gerações cristãs. Por isso, muitas pessoas evitam viajar em sexta-feira 13; a numeração dos camarotes de teatro omite, por vezes, o 13; em alguns hotéis não há o quarto de número 13 - este é substituído pelo 12-a. Muitos prédio pulam do 12º para o 14º andar temendo que o 13º traga azar. Há pessoas que pensam que participar de um jantar com 13 pessoas traz má sorte porque uma delas morrerá no período de um ano. A sexta-feira 13 é considerada como um dia de azar, e toma-se muito cuidado quanto às atividades planejadas para este dia.
Como se vê, a crença na má sorte do número 13 parece ter tido sua origem na Sagrada Escritura. Esse testemunho, porém, é tão arbitrariamente entendido que o mesmo algarismo, em vastas regiões do planeta - até em países cristãos - é, estimado como símbolo de boa sorte.
O argumento dos otimistas se baseia no fato de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este símbolo de próspera sorte. Assim, na Índia o 13 é um número religioso muito apreciado; os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. Na China, não raro os dísticos místicos dos templos são encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo; adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas. Reportando-nos agora à civilização cristã, lembramos que nos Estados Unidos o número 13 goza de estima, pois 13 eram os Estados que inicialmente constituíam a Federação norte-americana. Além disso, o lema latino da Federação, "E pluribus unum" (de muitos se faz um só), consta de 13 letras; a águia norte-americana está revestida de 13 penas em cada asa.


As lendas
Além da justificativa cristã, existem 2 outras lendas que explicam a superstição. Uma Lenda diz que na Escandinava existia uma deusa do amor e da beleza chamada Friga (que deu origem a friadagr, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga em uma bruxa exilada no alto de uma montanha. Para vingar-se, ela passou a reunir-se todas as sextas com outras onze bruxas e mais o demônio - totalizando treze - para rogar pragas sobre os humanos. Da Escandinava a superstição se espalhou pela Europa.
A outra lenda é da mitologia nórdica. No valha, a morada dos deuses, houve um banquete para o qual foram convidados doze divindades. Loki o espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga em que morreu o favorito dos deuses. Este episódio serviu para consolidar o relato bíblico da última ceia, onde havia treze à mesa, às vésperas da morte de Cristo. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça na certa.

quinta-feira, outubro 12, 2006

UM CARRO PARA O DIA-A-DIA




Aqui está um carro que muita gente gostaria de conduzir, nem que fosse uma única vez na vida, pois ao preço que está a gasolina, para os comuns mortais só uma vez...

Mas aqui fica algumas caracteristicas mecânicas dos carro:
8000 cc de cilindrada, 16 cilindros em W, 1001CV, 0-300Km/h em 14 segundos, 100 litros de gasolina (suficientes para 12 minutos de condução a fundo), pneus 335/30R, preço: 1.230.000 Euros.

HISTÓRIA DE PORTUGAL/BRASIL

A 12 de Outubro D. Pedro é aclamado Imperador do Brasil, recebendo o título de D.PEDRO I.

Primeiro discurso oficial de D. Pedro, enquanto Imperador do Brasil, abrindo os trabalhos da Assembleia Constituinte brasileira.

DIGNOS REPRESENTANTES DA NAÇÃO BRASILEIRA.

É hoje o dia maior, que o Brasil tem tido; dia, em que ele pela primeira vez começa a mostrar ao Mundo, que é Império, e Império livre. Quão grande é Meu prazer, Vendo juntos Representantes de quase todas as Províncias fazerem conhecer umas às outras seus interesses, e sobre eles basearem uma justa e liberal Constituição, que as seja. Deveríamos já ter gozado de uma Representação Nacional: mas a Nação não conhecendo à mais tempo seus verdadeiros interesses, ou conhecendo-os, e não os podendo patentear, vista a força, e predomínio do partido Português, que sabendo muito bem a que ponto de fraqueza, pequenez , e pobreza Portugal já estava reduzido, e ao maior grau a que podia chegar de decadência, nunca quis consentir (sem embargo de proclamar Liberdade , temendo a separação) que os Povos do Brasil gozassem de uma Representação igual aquela, que eles então tinham. Enganaram-se nos seus planos conquistadores, e desse engano nos provem toda a nossa fortuna.
O Brasil, que por espaço de trezentos, e tantos anos sofreu o indigno nome de Colónia, e igualmente todos os males provenientes do sistema destruidor então adoptado, logo que o Senhor D. João VI, Rei de Portugal, e Algarve., Meu Augusto Pai o elevou à categoria de Reino pelo Decreto de 16 de Dezembro de 1815, exultou de prazer; Portugal bramiu de raiva, tremeu de medo. O contentamento, que os Povos deste vasto Continente mostraram nessa ocasião, foi inaudito: mas atrás desta medida política não veio, como devia ter vindo, outra, qual era a convocação de uma Assembleia, que organizasse o novo Reino.
O Brasil sempre sincero no seu modo de obrar, e mortificado por haver sofrido o jugo de ferro por tanto tempo antes, e mesmo depois de tal medida, imediatamente, que em Portugal se proclamou a Liberdade, o Brasil gritou Constituição Portuguesa; assentando, que por esta prova, que dava de confiança a seus pseudo Irmãos, seria por eles ajudado a livrar-se dos imensos vermes, que lhe roíam suas entranhas; não esperando nunca ser enganado.
Os Brasileiros que verdadeiramente amavam seu País jamais tiveram a intenção de se sujeitarem a Constituição, em que todos não tivessem parte, e cujas vistas eram de os converter repentinamente de homens livres, em vis escravos. Contudo, os obstáculos, que antes de 26 de Abril de 1821 se opunham à Liberdade Brasileira, e que depois continuaram a existir sustentados peta Tropa Europeia. fizeram com que estes Povos temendo que não pudessem gozar de uma Assembleia sua, fossem pelo amor da Liberdade, arrastados a seguir as infames Cortes de Portugal, para ver se, fazendo, tais sacrifícios, poderiam deixar de ser insultados pelo seu partido demagógico, que predominava nesse Hemisfério.
Nada disto valeu: fomos maltratados pela Tropa Europeia de tal modo, que Eu Fui obrigado a fazê-la passar há outra banda do Rio; pu-la em sitio, mandá-la embarcar, e sair barra fora, para salvar a honra do Brasil, e podermos gozar daquela Liberdade, que devíamos, e queríamos ter, para a qual debalde trabalharíamos por possui-la, se entre nós consentíssemos um partido heterogéneo à verdadeira Causa.
Ainda bem não estávamos livres destes inimigos quando poucos dias depois aportou outra Expedição, que de Lisboa nos era enviada para nos proteger; Eu Tomei sobre Mim proteger este Império, e não a Recebi. Pernambuco fez o mesmo e a Baía, que foi a primeira em aderir a Portugal, em prémio da sua boa fé , e de ter conhecido tarde qual era o verdadeiro trilho, que devia seguir, sofre hoje crua guerra dos Vândalos, e sua Cidade, só por eles ocupada, está a ponto de ser arrasada quando nela se não possam manter.
Eis em suma a Liberdade, que Portugal apetecia dar ao Brasil; ela se convertia para nós em escravidão, e faria a nossa ruína total, se continuássemos a executar suas ordens, o que aconteceria, a não serem os heróicos esforços, que por meio de representação fizeram primeiro que todos, a Junta do Governo de S. Paulo. depois a Câmara desta Capital, e após destas todas as mais Juntas de Governos, e Câmaras; implorando a Minha ficada. Parece-Me, que o Brasil seria desgraçado, se Eu as não Atendesse, como Atendi: bem Sei, que este era Meu dever, ainda que expusesse Minha Vida; mas como era em defesa deste Império, estava pronto, assim como hoje, e sempre se for preciso.
Mal unira acabado de Proferir estas Palavras: «Como é para o bem de todos, e felicidade geral da Nação, diga ao Povo que Fico:» recomendando-lhe ao mesmo tempo «União e Tranquilidade.» Comecei imediatamente a tratar de Nos pormos em estado de sofrer os ataques de nossos inimigos até aquela época encobertos, depois desmacarados, uns entre nós existentes, outros nas Democráticas Cortes Portuguesas; providenciando por todas as Secretarias, especialmente pela do Império e Negócios Estrangeiros as medidas. que dita a prudência, que Eu cale agora, para vos serem participadas pelos diferentes Secretários de Estado em tempo conveniente.
As circunstâncias do Tesouro Público eram as piores, pelo estado a que ficou reduzido, e muito principalmente, porque até a quatro, ou cinco meses foi somente Provincial. Visto isto, não era possível repartir o dinheiro, para tudo quanto era necessário, por ser pouco, para se pagar a Credores, a Empregados em efectivo serviço, e para sustentação da Minha Casa, que despendia uma quarta parte da do Rei, Meu Augusto Pai. A dele excedia quatro milhões; e a Minha não chegava a um. Apesar da diminuição ser tão considerável, assim mesmo Eu não Estava a contente, quando Via, que a despesa, que Fazia, era muito desproporcionada à Receita, a que o Tesouro estava reduzido, e por isso Me limitei a viver como um simples particular, percebendo tão somente quantia de 110.000$000 reis para todas as despesas da Minha Casa, exceptuando a mesada da Imperatriz, Minha muito Amada, e prezada Esposa, que Lhe era dada em consequência de ajustes de Casamento.
Não satisfeito com fazer só estas pequenas economias na Minha Casa, por onde Comecei, Vigiava sobre todas as Repartições, como era Minha Obrigação, Querendo modificar. também suas despesas, e obstar seus extravios. Sem embargo de tudo, as rendas não chegavam; mas com pequenas mudanças de indivíduos não afectos à Causa deste Império, e só ao infame partido Português, que continuamente nos estavam atraiçoando, por outros, que de todo o seu coração amavam o Brasil, uns por nascimento, e princípios outros por estarem intimamente convencidos, que a Causa era a da Razão. Consegui, (e com quanta glória o Digo ) que o Banco, que tinha chegado a ponto de ter quase perdido a fé pública, e estar por momentos a fazer bancarrota, tendo ficado no dia, em que o Senhor D. João VI saiu a barra duzentos contos em moeda, única quantia para troco de suas Notas, restabelecesse seu crédito de tal forma, que não passa pela imaginação a indivíduo algum, que ele um dia possa voltar ao triste estado, a que o haviam reduzido: que o Tesouro Público, apesar de suas demasiadas despesas, as quais deviam pertencer a todas as Províncias, e que ele só fazia, tendo ficado desacreditado, e exausto totalmente, adquirisse um crédito tal, que já soa na Europa, e tanto dinheiro, que a maior parte dos seus Credores, que não eram poucos, nem de pequenas quantias, tenham sido satisfeitos de tal forma, que suas casas não tenham padecido: que os Empregados Públicos estejam em dia, assim como os Militares em efectivo serviço: que as mais Províncias, que têm aderido à Causa Santa, não por força, mas por convicção (que Eu amo a justa liberdade) tenham sido fornecidas de todos os apetrechos de guerra para sua defesa, grande parte deles comprados, e outros do que existiam nos Arsenais. Além disto têm sido socorridas com dinheiro, por não chegarem suas rendas para as despesas, que deviam fazer.
Em suma Consegui, que a Província rendesse onze para doze milhões, sendo o seu rendimento anterior à saída de Meu Augusto Pai de seis a sete, quando muito.
Nestas despesas extraordinárias entram também fretes de navios das diferentes Expedições, que deste Porto regressaram para o de Lisboa, compras de algumas Embarcações, e concertos de outras, pagamentos a todos os Empregados Civis, e Militares, que em Serviço aqui tem vindo, e aos expulsos das Províncias, por paixões particulares, e tumultos, que nelas tem havido.
Grandes foram sem dúvida as despesas; mas contudo , ainda se não lançou mão da Caixa dos Dons gratuitos, e Sequestros das propriedades dos ausentes por opiniões políticas, da Caixa do Empréstimo que se contraiu de 400.000$000 reis para compra de Vasos de guerra, que se faziam urgentemente necessários para defesa deste Império, o que tudo existe em ser, e da Caixa da Administração dos Diamantes.
Em todas as Administrações se faz sumamente precisa uma grande reforma: mas nesta da Fazenda, ainda muito mais por ser a principal mola do Estado.
O Exército não tinha nem armamento capaz, nem gente, nem disciplina: de armamento está pronto perfeitamente; de gente vai-se completando, conforme o permite a população: e de disciplina em breve chegará ao auge, já sendo em obediência o mais exemplar do mundo. Por duas vezes tenho Mandado socorros à Província da Baía, um de 210 homem, outro de 735 compondo um Batalhão com o nome de «Batalhão do Imperador» o qual em oito dias foi escolhido, se aprontou, e partiu.
Além disto foram criados um Regimento de Estrangeiros, e um Batalhão de Artilharia de Libertos, que em breve estarão completos.
No Arsenal do Exército tem se trabalhado com toda actividade, preparando-se tudo quanto tem sido preciso para defesa das diferentes Províncias, e todas desde a Paraíba do Norte até Montevideu receberam os socorros, que pediram.
Todos os reparos de Artilharia das Fortalezas desta Corte, estavam totalmente arruinados; hoje acham-se prontos; imensas obras de que se carecia dentro do mesmo Arsenal, se fizeram.
Pelo que toca a Obras militares; repararam-se as muralhas de todas as Fortalezas; e fizeram-se algumas totalmente novas. Construíram-se em diferentes pontos os mais apropriados para neles, se obstar a qualquer desembarque, e mesmo em gargantas de serra, a qualquer passagem do inimigo no caso de haver desembarcado [o que não será fácil ] entrincheiramentos, fortins, redutos, abatizes, e baterias rasas. Fez-se mais o Quartel da Carioca; prepararam-se todos os mais Quartéis; está quase concluído o da Praça da Aclamação, e em breve se acabará, o que se mandou fazer para Granadeiros.
A Armada constava somente da Fragata Piranga, então chamada União, mal pronta; da Corveta Liberal só em casco; e de algumas muito pequenas, e insignificantes Embarcações. Hoje acha-se composta da Nau D. Pedro I, Fragatas Piranga, Carolina, e Niterói – Corvetas Maria da Glória e Liberal prontas; e de uma Corveta nas Alagoas, que em breve aqui aparecerá com o nome de Massaió; e dos Brigues de guerra Guanari pronta, Cacique, e Caboclo em concerto, – diferentes em Comissões; assim como também várias Escunas.
Espero seis Fragatas de 50 peças prontas de gente, e armamento, e de tudo quanto é necessário para combate, para cuja compra já Mandei Ordem. Parece-Me que o custo não excederá muito a trezentos contos de reis, segundo o que Me foi participado.
Obras no Arsenal da Marinha fizeram-se as seguintes. Concertaram-se todas as Embarcações, que actualmente estão em serviço. Fizeram-se Barcas Canhoneiras, e muitas mais, que não Enumero por pequenas; mas que com tudo somadas montam a grande número, e importância.
Pretendo, que este ano no mesmo lugar, em que se não fez por espaço de treze, mais do que calafetar, tingar e atamancar Embarcações, enterrando somas considerabilíssimas, de que o Governo podia muito bem dispor com suma utilidade Nacional, se ponha a quilha de uma Fragata de 40 peças, que a não faltarem os cálculos ,que Tenho feito, as Ordens, que Tenho dado, e as medidas, que para isso Tenho tomado, Espero seja concluída por todo este ano, ou meados do que vem, pondo-lhe o nome de Campista.
Quanto a Obras públicas muitas se têm feito. Pela Polícia reedificou-se o Palacete da Praça da Aclamação; privou-se esta extensa Praça de inundações, tornando-se um passeio agradável, havendo-se calçado por todos os lados, além das diferentes travessas que se vão fazendo para mais embelezá-la. Concertou-se a maior parte dos Aquedutos da Carioca e Maracanã. Repararam-se imensas pontes, umas de madeira, outras de pedra; e além disto tem-se feito muitas totalmente novas; também se concertaram grande parte das estradas
Apesar do exposto, e de muito mais em que não Toco, seu cofre, que estava em Abril de 1821 devedor de 60 contos de reis hoje não só não deve; mas tem em ser sessenta, e tantos mil cruzados.
Por diferentes Repartições fizeram-se as seguintes Obras. Aumentou-se muito a Tipografia Nacional. Concertou-se grande parte do Passeio Público. Reparou-se se e Casa do Museu, enriqueceu-se muito com minerais, e fez-se uma Galeria com excelentes pinturas, umas que se compraram, outras, que havia no Tesouro Público, e outras, Minhas, que lá Mandei colocar.
Tem-se trabalhado com toda a força no cais da Praça do Comércio, de modo que esta quase concluído. As calçadas de todas as ruas da Cidade foram feitas de novo, e em breve tempo fez-se esta Casa da Assembleia, e todas as mais que a ela estão juntas, foram prontificadas pare este mesmo fim.
Imensas Obras, que uno silo do toque destas, se tem empreendido, começado, e acabado, que Eu Omito, para não fazer o Discurso nimiamente longo.
Tenho promovido os estudos públicos, quanto é possível, porém necessita-se para isto de uma Legislação particular. Fez-se o seguinte – Comprou-se para engrandecimento da Biblioteca Pública uma grande colecção de livros dos de melhor escolha: aumentou-se o número das Escolas, e algum tanto o Ordenado de seus Mestres permitindo-se além disto haver um sem número delas particulares: Conhecendo a vantagem do Ensino Mútuo também Fiz abrir uma Escola pelo método Lancasteriano.
O Seminário de S. Joaquim, que seus fundadores tinham criando para educação da mocidade, achei-o servindo de Hospital da Tropa Europeia: Fi-lo abrir na forma de sua Instituição, e havendo Eu Concedido à Casa da Misericórdia , e roda dos Expostos (de que abaixo Falarei) uma Lotaria para melhor se puderem manter Estabelecimentos de tão grande utilidade, Determinei ao mesmo tempo, que uma quota parte desta mesma Lotaria fosse dada ao Seminário de S. Joaquim, para que melhor se pudesse conseguir o útil fim, para que fora destinado por seus honrados fundadores. Acha-se hoje com imensos Estudantes.
A primeira vez, que Fui à roda dos Expostos Achei (parece impossível) 7 crianças com 2 amas; nem berços, nem vestuário, Pedi o mapa, e Vi, que em 13 anos, tinham entrado perto de 12$, e apenas tinham vingado 1$, não sabendo a Misericórdia verdadeiramente, aonde elas se achavam. Agora com a concessão da Lotaria; edificou-se uma Casa própria para tal Estabelecimento, aonde há trinta, e tantos berços, quase tantas amas, quantos Expostos; e tudo em muito melhor administração. Todas estas coisas, de que acima Acabei de Falar, devem merecer-vos suma consideração.
Depois de ter arranjado esta Província, e Dado imensas providências para as outras, Entendi, que devia Convocar , e Convoquei por Decreto de 16 de Fevereiro do ano próximo passado um Conselho ele Estado composto de Procuradores Gerais, eleitos pelos Povos, Desejando que eles tivessem quem os representasse junto de Mim, e ao mesmo tempo quem Me aconselhasse, e
1Me requeresse, o que fosse a bem de cada uma das respectivas Províncias. Não foi somente este o fim, e motivo, por que Fiz semelhante convocação, o principal foi, para que os Brasileiros melhor conhecessem a Minha Constitucionalidade, quanto Eu Me lisonjearia Governando a contento dos Povos, e quanto Desejava em Meu Paternal Coração (escondidamente , porque o tempo não permitia, que tais ideias se patenteassem de outro modo) que esta leal, grata, briosa, e heróica Nação fosse representada numa Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa, o que graças a Deus, se efectuou em consequência do Decreto de 3 de Junho do ano presente, a requerimento dos Povos, por meio de suas Câmaras, seus Procuradores Gerais e Meus Conselheiros de Estado.
Bem custoso seguramente Me tem sido, que o Brasil até agora não gozasse de Representação Nacional; e Ver-Me Eu por força de circunstâncias Obrigado a Tomar algumas medidas legislativas; elas nunca parecerão, que foram tomadas por ambição de legislar, arrogando um poder, em o qual somente Devo Ter parte; mas sim, que foram tornadas para salvar o Brasil, visto que a Assembleia, quanto a umas não estava convocada quanto a outras, não estava ainda junta, e residiam então de facto, e de direito, vista a Independência total do Brasil de Portugal, os três Poderes no Chefe Supremo da Nação, muito mais sendo Ele Seu Defensor Perpétuo.
Embora algumas medidas parecessem demasiadamente fortes, como o perigo era iminente, os inimigos, que Nos rodeavam imensos (e provera a Deus que entre Nós ainda não existissem tantos) cumpria serem proporcionadas.
Não Me Tenho poupado, nem pouparei a trabalho algum, por maior que seja, contanto que dele provenha um ceitil de felicidade para a Nação.
Quando os Povos da Rica, e Majestosa Província de Minas estavam sofrendo o férreo jugo do seu deslumbrado Governo, que a seu arbítrio dispunha dela, e obrigava seus pacíficos, e mansos habitantes a desobedecerem-Me, Marchei para lá com os Meus Criados somente. Convenci o Governo, e seus sequazes do crime, que tinham perpetrado, e do erro, em que pareciam querer persistir; Perdoei-lhes, porque o crime era mais em ofensa a Mim, do que mesmo à Nação, por estarmos ainda naquele tempo unidos a Portugal.
Quando em S. Paulo surgiu dentre o brioso Povo daquela Agradável, e Encantadora Província, um partido de Portugueses, e Brasileiros degenerados, totalmente afeitos às Cortes do desgraçado, e encanecido Portugal, Parti imediatamente para a Província, Entrei sem, receio porque Conheço; que todo o Povo Me ama, Dei as providencias, que Me pareceram convenientes, a ponto que a nossa Independência lá foi primeiro, que em parte alguma, proclamada no sempre memorável sítio do Piranga. [sic]
Foi na Pátria do fidelíssimo, e nunca assaz louvado Amador Bueno de Ribeira aonde pela primeira vez Fui Aclamado Imperador.
Grande tem sido seguramente o sentimento, que enluta Minha Alma, por não Puder Ir à Baía , como já Quis, a não Executei, Cedendo às Representações da Meu Conselho de Estado, misturar Meu sangue com o daqueles guerreiros, que tão denodadamente tem pelejado pela Pátria.
A todo o custo, até arriscando a Vida, se preciso for, Desempenharei o Título, com que os Povos deste Vasto, e Rico Continente em 13 de Maio do ano pretérito, Me honraram de Defensor Perpétuo do Brasil. Este Título penhorou muito mais Meu Coração, do que quanta glória Alcancei com a espontânea, e unânime Aclamação de Imperador deste invejado Império.
Graças sejam dadas à Providência, que vemos hoje a Nação representada por tão dignos Deputados. Oxalá, que a mais tempo pudesse ter sido; mas as circunstâncias anteriores, ao Decreto de 3 de Junho não o permitiam, assim como depois as grandes distâncias, a falta de amor da Pátria em alguns , e tolos aqueles incómodos, que em longas viagens se sofrem , principalmente num País tão novo, e extenso, como o Brasil, são quem tem retardado esta apetecida, e necessária junção apesar de todas as recomendações, que Fiz de brevidade por diferentes vezes.
Afinal raiou o grande Dia para este vasto Império, que fará época na sua história. Está junta a Assembleia para constituir a Nação. Que prazer! Que fortuna para todos Nós!
Como Imperador Constitucional, e muito especialmente como Defensor Perpétuo deste Império, Disse ao Povo no Dia 1.º de Dezembro do ano próximo passado, em que, Fui Coroado, e Sagrado , «Que com a Minha Espada Defenderia a Pátria, a Nação, e a Constituição, se fosse digna do Brasil , e de Mim» Ratifico hoje muito solenemente perante vós esta promessa, e Espero, que Me ajudeis a desempenhá-la, fazendo uma Constituição sábia , justa , adequada, e executável, ditada pela Razão, e não pelo capricho que tenha em vista somente a felicidade geral, que nunca pode ser grande, sem que esta Constituição tenha bases sólidas , bases, que a sabedoria dos séculos tenha mostrado, que são as verdadeiras, para darem uma justa liberdade aos Povos, e toda a força necessária ao Poder executivo. Uma Constituição, em que os três Poderes sejam bem divididos de forma; que não possam arrogar direitos , que lhe não compitam, mas que sejam de tal modo organizados, e harmonizados, que se lhes torne impossível, ainda pelo decurso do tempo, fazerem-se inimigos, e cada vai mais concorram de mãos dadas para a felicidade geral do Estado. A final uma Constituição, que pondo barreiras inacessíveis ao despotismo, quer Real, quer Aristocrático , quer Democrático, afugente a anarquia, e plante a árvore daquela liberdade, a cuja sombra deve crescer a União, Tranquilidade, e lndependência deste Império, que será o assombro do Mundo novo, e velho.
Todas as Constituições, que à maneira das de 1791 , e 92 têm estabelecido suas bases, e se tem querido organizar, a experiência nos tem mostrado, que são totalmente teoréticas e metafísicas, e por isso inexequíveis, assim o prova a França, Espanha, e ultimamente Portugal. Elas não tem feito, como deviam, a felicidade geral; mas sim, depois de uma licenciosa liberdade, ventos, que em uns Países já apareceu, e em outros ainda não tarda a aparecer o Despotismo em um, depois de ter sido exercitado por muitos, sendo consequência necessária, ficarem os Povos reduzidos à triste situação de presenciarem, e sofrerem todos os horrores da Anarquia.
Longe de nós tão melancólicas recordações; elas enlutariam a alegria, e júbilo de tão fausto Dia. Vós não as ignorais, e Eu certo, que a firmeza dos verdadeiros princípios Constitucionais, que têm sido sancionados; pela experiência, caracteriza cada um dos Deputados, que compõe esta Ilustre Assembleia, Espero, que a Constituição, que façais, mereça a Minha Imperial Aceitação, seja tão sábia, e tão justa, quanto apropriada à localidade, e civilização do Povo Brasileiro; igualmente, que haja de ser louvada por todas as Nações; que até os nossos inimigos venham a imitar a santidade, e sabedoria de seus princípios, e que por fim a executem.
Uma Assembleia tão Ilustrada, e tão patriótica, olhará só a fazer prosperar o Império, e cobri-lo de felicidades; quererá, que seu Imperador seja respeitado, Não só pela Sua, mas pelas mais Nações: e que o Seu Defensor Perpétuo, Cumpra Exactamente a Promessa feita no 1.º de Dezembro do ano passado, e ratificada hoje solenissimamente perante a Nação legalmente representada.
COMO SE ISTO INTERESSASSE A ALGUÉM!!!

terça-feira, outubro 10, 2006

ESTE TÊM DE LER

IN JN 03/10/06

Desgaste de lesa dignidade do professor do 1.º ciclo do ensino básico
Bragança dos Santos

Antes de mais nada, para que seja possível fazer a abordagem de um assunto desta natureza, devemos ter consciência, simultaneamente, da importância, por um lado, e, por outro lado, da gravidade de que o mesmo reveste, quer nas suas causas, quer nos seus efeitos, pelo que, para além de termos de encarar a presente matéria com seriedade, objectividade e isenção, nós e os leitores, devem estes, pelo seu lado, se compenetrar, também, de que leccionar no 1.º Ciclo do Ensino Básico é estar sujeito ao exercício aliciante, sim, de uma profissão, fundamentalmente essencial e estruturante, mas, que não deixa de ser, quer queiram quer não, altamente desgastante, de elevado risco, de remuneração simbólica (tudo é pago pelo docente – deslocações, portagens, refeições, dormidas, material escolar, etc.), e que tem vindo a ser, cada vez mais, alvo, em cada dia que passa, do descrédito e preconceito de quem julga, no fundo, poder lucrar com isso mesmo. O tipo de trabalho desenvolvido pelo professor do 1.º Ciclo do Ensino Básico, como se deveria perceber, não tem nada que ver com as atribuições dos bombeiros, mineiros ou de outros profissionais, igualmente sujeitos a certo tipo de "torturas laborais", mas, tal como eles, os professores estão também sujeitos aos arbítrios e subjectividades de certos aprendizes de "opinion makers", por força de um conjunto de razões, das quais sublinho as seguintes: ignorância; maledicência; diletantismo de algibeira; "estupidez natural" ou primarismo. Concretamente, os professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico, têm vindo a ser confrontados, gradualmente, com imposições desgastantes, contraproducentes e redutoras, na medida em que têm visado apenas agradar aos pais (seres votantes desta nossa politica… (zinha) caseira), independentemente do alcance daquelas, em termos pedagógicos ou até mesmo didácticos...
Estarão todos conscientes de que cada escola acaba por ser a estação terminal onde desembocam todos os problemas sociais de todos os lares que fornecem meninos a essa mesma escola? Dentro da sala de aula, e durante cerca de 5/6 horas (ou mais) diárias, o docente tem de colaborar na gestão dessas maleitas sociais, de que cada aluno é portador, amparando a criança, mas não podendo distanciar-se das programações, sobre as quais tem de prestar contas perante os pais, conselhos escolares, conselhos executivos, serviços de inspecção, Direcções Regionais de Educação, etc.. Ao professor exige-se, então, o cumprimento do Programa Nacional, mais a leccionação de toda uma série de áreas disciplinares e não disciplinares e ainda o acompanhamento e apoio ao estudo, para lá do horário lectivo das crianças, como se este profissional fosse de pau, podendo e devendo ser, portanto, "pau para toda a colher". Atentem só: enquanto os pais acompanham (deveriam acompanhar) os filhos desde o berço até à idade adulta (mais ou menos durante vinte anos), aos professores exige-se que acompanhem as crianças, em turmas dramaticamente heterogéneas, mas sempre com elementos entre os cinco e os nove anos de idade (idades demasiadamente precoces, nalguns casos, para cumprirem o 1.º Ciclo, digo eu – os resultados falam por si), repetidamente ao longo de trinta anos de serviço – agora o Eng.º Sócrates pretende estender a carreira para quarenta anos de actividade (?!!!!!!!!) —, o que só pode ser uma tarefa incomensuravelmente demolidora, corrosiva e aniquiladora.
Ao longo dessa mesma carreira, o professor vai envelhecendo, isto é, vai se distanciando, progressivamente, da faixa etária fixa dos seus alunos.
Fazendo as "contas" por aproximação, o tal professor do 1º Ciclo, ao longo da sua carreira, de acordo com a legislação vigente, contactará com cerca de 25 x 40 = 1000 (um milhar) de alunos. Isto se atribuirmos aos factores, respectivamente, o nº médio de alunos por sala e os anos de serviço do docente.
Alguém é pai, mãe ou avó de meninos durante quarenta anos, como se tivessem parado na faixa etária balizada entre os 5 e os 9 anos de idade??? Alguém tem cerca de 1000 filhos ou netos, PERMANENTEMENTE, entre essa mesma faixa etária?
O professor de 1º Ciclo contacta sempre com criancinhas que integram o mesmo leque de idades (dos 5 aos 9), ao longo de quatro intermináveis décadas.
Os pais, pela parte que lhes toca (?!), só se encontram com os filhos durante escassos lapsos de tempo, ao longo da rota do sol. No regime de monodocência vigente (professor único), o professor está 5 ou 6 horas por dia (conforme os casos), na companhia dos filhos e netos da população que demanda as escolas; portanto, o docente ultrapassa, em muito, o tempo de contacto com as crianças em questão, comparativamente com o que acontece com os seus progenitores ou até os seus familiares mais chegados. Ainda mais: Por que razão se constituem turmas com um número de alunos superior ao legalmente previsto? No chamado sistema de fase única, quem fica beneficiado com turmas que englobam vários anos de escolaridade, a não ser o mero economicismo negativista? Sendo praticado o ensino inclusivo, a generalidade dessas turmas engloba crianças com problemas vários, quer a nível mental, quer a nível cognitivo ou mesmo físico, exigindo do professor um acompanhamento individual, directo, específico e sempre afectuoso. Nestes últimos anos, os apoios do Ensino Especial, têm sido cada vez mais reduzidos em horas semanais, alterando-se, inclusivamente a noção do próprio conceito relativo à dependência e limitação dos alunos. Tendo em conta que em cada ano de escolaridade há sempre os subgrupos, então essa heterogeneidade, obriga a que o professor se veja na necessidade de colocar em acção, com maior ou menor dificuldade, a dinâmica de trabalho de grupo.
O perfil psicológico da criança entre os 5-9 anos aponta ainda para a factual constatação do egocentrismo (considera-se ainda o centro do mundo), sendo a chamada "fase do grupo" uma característica da adolescência Como gerir então esta multiplicidade de actividades, simultaneamente, com competência, eficácia e o afecto que todas as crianças nos suscitam e a que têm legitimamente direito??!!! A quem serve a estratégia obtusa e contraditória dos prolongamentos ao fim do dia, quando professores e alunos já sentem esgotadas as suas capacidades de atenção e concentração? Que vem a ser isto dos trabalhos de casa passarem a ser efectuados na escola, logo a seguir às aulas, depois de um simples intervalinho de 15 minutos???!!!! Serão por acaso as crianças comparáveis a chouriços, podendo ser enchidos sob pressão e atados no final com um nozinho???!!! Os professores dos outros Ciclos, com a progressão na idade e carreira, vão reduzindo o seu horário semanal. O professor do 1º Ciclo, porque carregam sobre os ombros a responsabilidade de leccionarem todas as áreas disciplinares e não disciplinares, para além de tudo o resto, mantém a sua carga horária semanal durante todas as décadas ao longo das quais a carreira se estende. Para agravar a situação, o presente governo deixou de considerar a realidade do 1.º Ciclo como sendo especial, ou seja, com direito à aposentação aos 32 anos de serviço e 52 de idade ou aos 30 anos de serviço e 55 de idade, muito embora tenha aumentado as exigências e diminuído drasticamente os direitos estatutariamente consagrados.
No último ano lectivo, eu – fala agora a colega Maria de São Martinho — com 52 anos de idade e cerca de 30 de serviço, em vez de ver reduzida, vi AUMENTADA a minha carga horária semanal na presença de alunos. Duas vezes por semana, após 5 horas de actividade árdua, gerindo uma turma com 8 alunos de 3ºAno e nove de 4ºAno, sendo um deles com NNE (necessidades educativas especiais), fui confrontada com a obrigatoriedade de continuar a dinamizar actividades de prolongamento escolar, junto de cerca de uma dúzia de meninos do Jardim Escola + cerca de meia dúzia do 1º ciclo, de diferentes anos de escolaridade.
Alguém se importou se eu saía da escola, na vertical ou de rastos ???!!!
Enquanto ISSO me acontecia, as amas (pagas pelos pais) folgavam, e as avozinhas, idem, idem... É a total desagregação da ambiência familiar…
Se a sociedade quer ou precisa que a escola seja o depósito diurno de crianças, então quem de direito, terá de criar condições, espaços e pessoal competente para ocupar os infantes nesses tempos. Porque me impõem, mais essa sobrecarga na já tão sobrecarregada carga do professor do 1º Ciclo??!!! Hoje em dia, os professores do 1.º Ciclo são já licenciados, não compreendendo eu a razão pela qual continuam a ser tratados como mentecaptos, desprezíveis e "primários" pela tutela, pela população e pelo sistema educativo nacional.
Porquê continuar a desvalorizar e a incompreender, o trabalho que é basilar em qualquer sociedade, e que deve poder ser exercido com dignidade pelo professor do 1º Ciclo??!! Felizmente que vai havendo raras, mas honrosas excepções, na pessoa dos poucos que sabem observar, analisar e compreender uma tão candente como factual realidade que muitos teimam em ignorar ou até explorar, visando objectivos inconfessáveis. O DESGASTE, esse, é real e progressivo e vai minando, não só o sistema, mas também, com maior ou menor intensidade, compreendido ou menosprezado pela população em geral, não interessa, tem vindo a fazer inúmeras vítimas na pessoa dos professores que, infelizmente, não lhe conseguem escapar… Na prática, perdemos todos e, Portugal, vai se tornando cada vez mais frágil empobrecido e vulnerável.
Nota: o presente artigo integra o testemunho, sentidamente amargurado, da colega do 1.º Ciclo, Maria de São Martinho, 52 anos de idade e cerca de 30 de serviço e mãe; um dos filhos com 21 anos é, desde o nascimento, 100% dependente.

segunda-feira, outubro 09, 2006

ERICEIRENSE E BENFICA

Ericeirense e Benfica assinam parceria

O Ericeirense assinou um protocolo de colaboração com o Benfica.O projecto foi apresentado por Mário Claro, presidente da Comissão Desportiva do clube, e engloba o apoio dos encarnados a uma escola de futebol: “Em parceria com o Benfica, que nos vai dar apoio nesta área, vamos poder contribuir para formar os nossos jovens dando-lhes uma formação que permita fazer deles os homens do amanhã”, afirma o dirigente.Em uma semana de inscrições o Ericeirense já tem 60 inscritos na nova escola de futebol e Mário Claro quer fazer subir o número até à centena: “Começámos há uma semana e já temos 60 miúdos, com idades entre os 5 e os 14 anos, inscritos, e que todos os sábados entre as 10h30m e as 11h30m vão estar aqui. O nosso objectivo é atingir os 100 miúdos nesta escola”, sublinha.Os interessados poderão deslocar-se até às instalações do clube, o Campo Henrique Tomás Frade dentro do horário das instalações, em qualquer dia da semana.


Este é o novo senhor TODO PODEROSO do Ministério Público. Será este senhor Juiz que irá "lidar" com os mais famosos processos em curso nos tribunais portugueses. Será que ele irá conseguir o que os anteriores não conseguiram? De certeza, como em todas as esferas da comunidade portuguesa e não só no futebol, que se irá tornar numa telenovela. Havemos de ver os próximos capítulos.